Descubra o fascinante universo dos profissionais que trocaram o escritório fixo pela liberdade de trabalhar em qualquer lugar. Uma pesquisa inédita revela o perfil do nômade digital brasileiro. O estudo mostra jovens, solteiros e altamente qualificados, com renda de até 10 salários mínimos. A UFPR e o The Nomadic Club realizaram essa pesquisa inovadora. O objetivo foi entender seus hábitos, preferências e motivações. Este estilo de vida está crescendo no Brasil.
Nômades Digitais Brasileiros: Quem São? Jovens, Qualificados e com Renda de Até 10 Salários Mínimos?
O primeiro estudo oficial sobre nômades digitais brasileiros foi divulgado, trazendo um panorama inédito sobre esse estilo de vida emergente. Realizado pelo SinapSense – Laboratório de Inovação em Neurociência do Consumo da UFPR, sob a orientação da Profª Drª Letícia Herrmann e da Profª Drª Juliane Martins, em parceria com o The Nomadic Club (clube brasileiros que reúne nômades digitais), a pesquisa tem o objetivo de compreender o perfil, hábitos, interesses e escolhas desses profissionais brasileiros que adotam o nomadismo digital como estilo de vida. A pesquisa foi conduzida entre maio e agosto de 2024, utilizando uma metodologia quantitativa que resultou em 200 respostas válidas.
Os detalhes do estudo, bem como download da versão completa podem ser encontrados no site https://estudo.thenomadic.club
Perfil Detalhado dos Nômades Digitais Brasileiros
O estudo inédito revelou características marcantes dos nômades digitais brasileiros. Primeiramente, eles são predominantemente jovens, com idade entre 24 e 40 anos. Além disso, são majoritariamente solteiros e não possuem religião. A alta qualificação também é um ponto chave, com curso superior ou pós-graduação. Atuam principalmente em setores como marketing digital e TI. Em relação à renda, a maioria ganha entre 4 e 10 salários mínimos mensalmente. Entretanto, alguns declararam rendimentos superiores a R$28.000. Outra característica é não terem filhos e trabalharem em empresas nacionais ou como autônomos. Ademais, dedicam entre 30 e 40 horas semanais ao trabalho. Geralmente, trabalham em suas próprias hospedagens, que são alugueis de temporada, com permanência média de 1 a 2 meses.
Gênero e Rotina de Trabalho
Os homens representam uma pequena maioria. Nesse grupo, encontram-se profissionais com trabalho formal, empresários e liberais. Já as mulheres, em sua maioria, possuem pós-graduação. Elas ocupam cargos em trabalho formal, são autônomas ou empresárias. Em ambos os gêneros, a dedicação ao trabalho varia entre 30 e 40 horas semanais. Isso sugere um equilíbrio entre a vida profissional e o nomadismo.
Vida Social e Lazer
Um dado interessante do estudo é a preferência pela solitude. A maioria dos nômades digitais prefere passar o tempo sozinho (58%) e viaja individualmente (57,5%). No tempo livre, optam por atividades ao ar livre (64%), como caminhadas e exploração de novos lugares. Experiências culturais também são populares (53%). Curiosamente, destinos internacionais são os preferidos, mesmo que muitos estivessem no Brasil durante a pesquisa.
Relações Pessoais e Nomadismo
Apesar da distância da família e amigos, 35% dos nômades visitam seus familiares uma vez por ano. A maioria se sente confortável ou indiferente em relação a essa distância. Quanto à vida social, 61% gostam de fazer novas amizades em suas viagens. Contudo, a maioria não tem preferência por se relacionar com outros nômades digitais (75,5%). Sobre aplicativos de relacionamento como o Tinder, apenas 23% relataram uso frequente.
Uso de Mídias e Redes Sociais
No universo das redes sociais, o Instagram lidera com 97% dos usuários. O WhatsApp vem em seguida (92,5%), e o YouTube (74,5%) também possui alta adesão. Por outro lado, plataformas como TikTok (26%), X/Twitter (24,5%), Facebook (23%) e LinkedIn (1%) têm menor participação. A baixa presença no Facebook e LinkedIn é notável, considerando a importância profissional desta última.
Conectividade e Hábitos de Consumo
Durante as viagens, metade dos nômades digitais compra chips locais (50%). A maioria utiliza dispositivos da Apple (72%). O consumo virtual é predominante, com 65% preferindo compras online. Além disso, 57,5% dos nômades usam contas internacionais, como Wise, Revolut e Nomad, para pagamentos. Essas escolhas demonstram a necessidade de mobilidade e a preferência por soluções digitais.
Viagens e Alimentação: As Escolhas dos Nômades
Os nômades digitais são majoritariamente onívoros (61%). No entanto, a pesquisa identificou dietas alternativas, como vegetarianismo (8,5%) e veganismo (1,5%). Ademais, 54% preferem pedir comida por aplicativos. Em relação aos destinos, 70% escolhem o Brasil, o que sugere fatores financeiros e de conveniência. Contudo, 55% pretendem viajar para outros países nos próximos dois anos. O avião é o principal meio de transporte (70,5%), e a preferência é por hospedagens de temporada (71,5%).
O Que Motiva e Desafia os Nômades Digitais
A principal motivação para o nomadismo é o desejo de conhecer novos lugares e culturas (90%). A liberdade (77%) e o próprio estilo de vida (70%) também são fortes motivadores. Por outro lado, os maiores desafios envolvem questões de saúde (68%), falta de dinheiro (55%) e relações familiares (40%). Esses fatores podem levar ao abandono do nomadismo.
Impactos do Nomadismo: Melhorias e Frustrações
Entre os benefícios do nomadismo digital, os participantes destacaram uma nova visão de mundo (89,5%), o conhecimento adquirido (65,6%) e melhorias na saúde mental (43%). Entretanto, houve piora em aspectos como saúde física (28%), qualidade do sono (19,5%) e ansiedade (16%). No que diz respeito às frustrações, as principais preocupações incluem relacionamentos amorosos e amizades (25,5%), falta de rotina (20,5%) e problemas com acomodação (12,5%).
Considerações Finais
O estudo demonstrou que não existem diferenças significativas no estilo de vida nômade entre homens e mulheres. Contudo, algumas limitações surgem na escolha de destinos e tempo de permanência devido à situação financeira. Apesar dos desafios, muitos nômades digitais pretendem permanecer nesse estilo de vida por até quatro anos (41,5%). Um número expressivo espera seguir como nômade por mais de dez anos (21%).
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